Patrocinador 2

Patrocinador 3

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Preservar O Meio Ambiente É Preservar A Vida

A Semana do Meio Ambiente foi útil para a conscientização da sociedade em relação a diversos assuntos ligados ao nosso planeta, que precisam de uma atenção maior. Aproximadamente 600 espécies de plantas e 200 de animais nativos do Rio Grande do Sul estão ameaçadas de extinção. Segundo especialistas, isto é um fenômeno natural, porém estudos indicam que nos próximos 25 anos, de 2% a 8% das espécies vivas irão desaparecer por causa da destruição de ecossistemas naturais.

O processo de seleção natural está aumentando cada vez mais, principalmente devido a fatores praticados pelo homem, como: desmatamento, urbanização e poluição na natureza. O ser humano é um dos elementos do ecossistema, portanto, ele está relacionado aos outros seres, inclusive em conexão com os fatores abióticos, como o clima. Caso comecem a desestruturá-lo, conseqüentemente estarão desenvolvendo graves problemas para si próprios também. O aquecimento global já está apresentando suas conseqüências. Um dos exemplos foi o ciclone extratropical que abalou o Litoral Norte do RS e região metropolitana de Porto Alegre.

Se tudo continuar como está, com a tendência de piorar, no futuro faltará água potável; terras livres de poluentes para o cultivo da agricultura serão difíceis de encontrar; e animais pertencentes à cadeia alimentar humana se extinguirão, fazendo com que o ser humano passe dificuldades que pode até causar uma crise mundial.
Se tudo for deixado para ser resolvido quando agravar a situação, como é o caso de muitos assuntos no Brasil e no mundo, onde é preciso que aconteça uma tragédia para haver conscientização, mais tarde, pode ser que não seja mais possível achar uma solução. É importante refletir sobre o provérbio: "Somente quando for cortada a última árvore, pescado o último peixe e poluído o último rio, é que as pessoas vão perceber que
não podem comer dinheiro". Por tudo isso, é importante que continue sendo realizadas campanhas ambientais que alertem e conscientizem as pessoas, que precisam dar valor para o ecossistema do qual fazem parte e valorizarem sua própria qualidade de vida e de seus futuros filhos e netos.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Água

A água é um bem finito que vem causando
sérias preocupações no mundo todo, uma vez que suas
fontes estão cada vez mais escassas. A maior parte de
toda a água doce do planeta encontra-se na América
do Sul, mais precisamente no Brasil. E, infelizmente,
nossos governos e o próprio povo não têm respeito
por este patrimônio tão indispensável ao homem e a
todos os seres vivos.
Eis a proporção dá água, segundo o Ministério
do Meio Ambiente:
água salgada: aproximadamente 97% (da massa líquida);
água doce: aproximadamente 3% (do total);
água potável: aproximadamente 0,7% (pronta para o consumo).
Segundo o RDH - Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU:
- cerca de 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso à água tratada no mundo;
- por volta de 2,6 bilhões não têm instalações básicas de saneamento (maioria dessa
população vivendo na África e na Ásia);
- metade dos leitos hospitalares é ocupado por doenças causadas pelo uso de água
imprópria;
- a diarréia tira a vida de 4.900 crianças menores de 5 anos por dia.
Enquanto um habitante de Moçambique usa, em média, menos de 10 litros de água
por dia, um europeu consome entre 200 e 300, e um norte-americano, 575 (50 litros só nas
descargas). Cada pessoa deveria ter disponíveis ao menos 20 litros de água para consumo,
por dia.
- A água está distribuída pelo planeta de forma desigual.
- Vários países da África e Oriente Médio já não tem água.
- De toda a água doce disponível no planeta, aproximadamente 13,7 % está no
Brasil.

Poluição Urbana e Rural

Nas áreas urbanas, os resíduos provenientes da
queima do petróleo, fonte principal de energia para
mover veículos, máquinas e equipamentos, e gases
provenientes da atividade industrial, podem ser
liberados para a atmosfera, com riscos de poluir o ar
com substâncias potencialmente nocivas aos seres
humanos e demais seres vivos.
Resíduos industriais, águas já utilizada e os
esgotos domésticos ainda são despejados diretamente
nos cursos de água em grande parte do País.
Apesar das medidas de impactos ambientais introduzidas nas últimas décadas,
os resíduos sólidos ainda se acumulam em lixões em partes das cidades.
No meio rural, o uso indiscriminado de
agrotóxicos coloca em risco a vida de agricultores, seus
familiares, consumidores dos produtos agrícolas, solo,
água e toda a cadeia de organismos vivos que habitam
esses meios.
Fertilizantes utilizados nas áreas agrícolas
podem potencialmente provocar nos mananciais
processos de eutrofização (elevação da quantidade de
nutrientes presentes na água, que é um processo nocivo
aos humanos) e a contaminação do meio ambiente
como um todo, por metais pesados.
Dejetos provenientes da produção animal
contaminam os rios e córregos, quando neles
descarregados diretamente. A destruição da cobertura
vegetal, a erosão dos solos, as queimadas, a superlotação
das pastagens e o consequente processo de assoreamento
dos cursos d’água são problemas comuns a todas as regiões.
Mesmo considerando os avanços que o Brasil vêm obtendo em relação à
preservação do meio ambiente, os problemas ambientais ainda existentes colocampara a
geração atual algumas questões de solução bastante complexas:

Estamos realmente colocando em risco a vida, se não de todos, pelo
menos de parte dos seres vivos que habitam este planeta?
Se o desenvolvimento é necessário, que preço estamos dispostos a pagar por
ele?
Essas são questões relevantes e atuais que estão, cada vez mais, atraindo a
atenção de organizações não-governamentais e parcelas significativas da população,
sejam elas organizadas ou não.

Modelo de Desenvolvimento

Os efeitos do modelo dominante de
desenvolvimento, que visa lucro e
produção de bens de consumo, têm
resultado na concentração de poder com
desigualdades sociais sem precedentes,
além da perda acelerada das riquezas
culturais e naturais que se formaram ao
longo dos tempos. Os problemas
decorrentes desse modelo são inúmeros e o
resultado é que o ser humano parece
assolado em negatividade, muitas vezes
acuado e com sensações de impotência à
ação. A educação ambiental vem
exatamente mostrar que o ser humano é capaz de gerar mudanças significativas ao
trilhar caminhos que levam a um mundo socialmente mais justo e ecologicamente
mais sustentável.
A educação ambiental deve sempre trabalhar o lado racional e estruturado
juntamente com o sensível e de valores, a fim de propiciar oportunidades mais
significativas que possam ampliar o interesse, a autoconfiança o engajamento e a
participação de indivíduos em promover benefícios sócio-ambientais. Entre
conhecimento e ação, ou, ainda mais importante, entre conhecimento e
comportamento harmônico com a natureza, existe uma grande distância que precisa ser
compreendida para que as mudanças almejadas possam ser alcançadas.
O caminho da teoria à prática também requer uma série de posturas do ser
humano, que por sua vez dependem de autoconfiança, orgulho, realização e
dignidade. Meios de levar o indivíduo por essas etapas de crescimento pessoal
também fazem parte da educação ambiental.
5
O modelo de desenvolvimento atual, desigual, excludente e esgotante dos
recursos naturais, tem levado à produção de níveis alarmantes de poluição do solo, ar e
água, destruição da biodiversidade animal e vegetal e ao rápido esgotamento das reservas
minerais e demais recursos não renováveis em praticamente todas as regiões do
globo. Esses processos de degradação têm suas origens em um modelo complexo e
predatório de exploração e uso dos recursos disponíveis, onde conceitos como
preservação, desenvolvimento sustentável, igualdade de acesso aos recursos naturais e
manutenção da diversidade das espécies vegetais e animais estão longe de serem realmente
assumidos como princípios básicos norteadores das atividades humanas.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Condomínios Sustentáveis: Investimento Ecologicamente Correto

O conceito de condomínios sustentáveis vem se popularizando em nosso país conforme cresce a consciência ecológica e os problemas e distúrbios climáticos se espalham pelo mundo manifestando-se com cada vez mais violência e freqüência. As preocupações de uma grande parcela da população só aumentam conforme notícias de eventos climáticos nunca antes vistos começam e espalhar-se pelo planeta e a assustar até os mais céticos críticos do aquecimento global.

Da mesma forma, o entendimento de que a água potável será um elemento raro e extremamente caro num futuro bem próximo, se nada for feito, e que muitos conflitos e guerras poderão vir a ser travadas pelo simples controle das fontes de água doce existentes ou remanescentes dá, muito bem, o real panorama do que pode vir a ser enfrentado pela raça humana num futuro não muito distante.

Assim, uma habitação que seja capaz de economizar recursos como água e energia e que seja capaz de reverter seus resíduos transformando-os em benefícios ou fontes de renda para si; é um conceito inovador e bem-vindo em qualquer sociedade minimamente preocupada com seu futuro e em garantir a sua continuidade. Por esses e outros fatores, cada vez mais empresários do ramo de construção civil vêm investindo na construção de condomínios sustentáveis com grande sucesso e obtendo lucros substanciais com a comercialização das unidades e “vendendo a idéia” da sustentabilidade.

O sucesso alcançado por esses pioneiros da construção de condomínios sustentáveis prova que esses empreendimentos sustentáveis possuem um grande atrativo para indivíduos de todas as classes sociais e com poder aquisitivo suficiente para garantir a compra, mesmo financiada, dessas unidades habitacionais. No entanto, curiosamente, ainda vemos com uma certa timidez a proliferação de condomínios sustentáveis em nossas cidades por fatores muito mais culturais do que econômicos.

As construtoras mais tradicionais ainda receiam em realizar investimentos de grande porte na criação de condomínios sustentáveis muito mais por preconceito e por desconhecimento do potencial mercadológico desses imóveis do que, propriamente, por razões econômicas. Achando que os ganhos de marketing e de fomento para as vendas não compensarão os investimentos realizados, essas construtoras ainda se mantêm presas ao “modo antigo” de construir. Contudo, conforme novos e arrojados empreendedores que erguerem estes projetos sustentáveis obtiverem sucesso comercial e mais e mais construtoras acabarão por lançar-se a esse mercado que tem tudo para tornar-se o padrão futuro de construção de moradias.

Os condomínios sustentáveis serão capazes de garantir uma correta e racional utilização de recursos naturais cada vez mais escassos e caros. Economizando dinheiro para seus moradores e garantindo ao planeta a possibilidade de recuperar-se de forma adequada para fazer frente ao consumo dos recursos necessário a manutenção das futuras gerações de habitantes do planeta. Garantindo um correto uso da água e sua reciclagem; a economia de energia elétrica e, conseqüentemente, dos recursos necessários a sua geração e transmissão; além de assegurar um destino correto para os resíduos e dejetos provenientes desses condomínios, essas construções representarão a “ponta de lança” do movimento de recuperação ambiental a longo e médio prazo.

Carros ecologicamente corretos poderiam salvar as montadoras americanas

Imagine que você está administrando uma montadora de veículos local. Os preços ascendentes da gasolina ameaçam as suas lucrativas vendas de veículos utilitários esportivos, uma abundância de capacidade de produção de carros prenuncia concorrência ainda maior e os incômodos contratos com os sindicatos limitam a sua capacidade de reduzir os custos. Além disso, há os chineses. Eles estão começando a encaixar as peças que vêm fabricando há anos, e, cedo ou tarde, carros inteiros da China entrarão no mercado a preços assustadoramente baixos.

O que é que você faz? A resposta fácil é seguir o caminho trilhado por Detroit há anos. Se esforce para produzir veículos bem feitos, mas sem graça, e ofereça-os ao consumidor com grandes descontos. Deixe que o seu índice de débitos caia para baixo do patamar de investimentos. E quando a Califórnia tentar impor reduções compulsórias dos gases causadores do efeito estufa, processe o Estado, ainda que outras unidades da federação queiram implementar os mesmos padrões rígidos - e ainda que alguns consumidores estejam fazendo fila para pagar vários dólares a mais por veículos híbridos que economizam energia rodando tanto a gasolina quanto a eletricidade.

Mas eu sou o primeiro a reconhecer que sem um generoso contracheque de presidente de empresa, estou longe de estar qualificado para gerenciar uma grande companhia manufatora. Mas não é possível que a Ford e a General Motors estejam no caminho errado?

O que aconteceria se uma delas decidisse abandonar o grupo tradicional de empresas do gênero? Se uma grande montadora decidisse se reinventar como a primeira e única companhia automobilística verde, produzindo apenas carros híbridos, movidos a "diesel limpo", e outros veículos altamente eficientes? Não estou falando de Birkenstocks sobre rodas, entendam bem, mas sobre carros prazerosos e funcionais, que rodam muitos quilômetros por litro.

Pensem nas vantagens. Tal companhia poderia reduzir os custos de produção dos híbridos devido à economia de grande escala. Ela estaria pronta - ou melhor, ansiosa - por acatar as rígidas regras para a limpeza da atmosfera onde quer que estas fossem impostas. E estaria bem posicionada para se aproveitar da determinação federal de uso do óleo diesel com baixo teor de enxofre, algo que no ano que vem abrirá as portas para a fabricação de motores diesel mais limpos. E não teria mais que competir tanto com relação aos preços, porque os consumidores já se mostraram dispostos a pagar mais por carros mais eficientes.

Assim, imagine que você controla tal companhia. Sob uma perspectiva de mercado, você está no céu. Para os ecologicamente conscientes, você vende a perspectiva de salvar a Terra, ainda que apele para a ideologia fútil de status social junto a consumidores afluentes que, caso contrário, jamais sonhariam em comprar um carro norte-americano. Existem muitas dessas pessoas? Você poderá ficar surpreso. Como indicação, pense no número de ouvintes da National Public Radio: 26 milhões. O seu lema junto a esse grupo é simples: "Faça a coisa certa".

Após um século de dominação mundial do petróleo, o biodiesel finalmente encontra um lugar sob os holofotes. Ele é uma mistura de ésteres, compostos orgânicos formados por um ácido e um álcool, obtido em um processo chamado de transesterificação.

Mas a beleza do seu negócio é que ele também atrairia os carnívoros proprietários de veículos utilitários esportivos. Para eles, a sua auto-suficiência, o patriotismo e a guerra contra o terrorismo - a satisfação de mandar os produtores estrangeiros de petróleo pegar o seu petróleo e se afogarem nele. E o seu lema ainda seria: "Faça a coisa certa".

E os seus veículos certamente trariam uma marca de exclusividade. Afinal, os híbridos já são item obrigatório de consumo de alguns astros do cinema e dos seus imitadores em Los Angeles. Imagine só contar com a marca que transporta os ambientalistas chiques espalhada por todo o mundo. Esse é um marketing que o dinheiro é incapaz de comprar.

Mas nisso tudo não há um perigo - o de que a sua companhia se torne apenas um nicho localizado? Creio que não. Novos veículos com motores elétricos híbridos devem responder por 3,5% das vendas domésticas até 2012, em relação aos 0,5% registrados no ano passado, enquanto que aqueles movidos a diesel limpo devem responder por 7,5%, contra 3% no ano passado, segundo a previsão da firma J.D. Power-LMC Automotive Forecasting Services. O total projetado é de 11%. A título de comparação, a fatia de mercado da Toyota no ano passado foi de 12,2% e a da Honda de 8,2%.

Um dia desses houve uma indicação de que a Ford poderia seguir esse caminho. No equivalente automotivo daquelas pinturas do tipo "Peaceable Kingdon" ("Reino Pacífico"), nas quais o predador e a presa ficam lado a lado, o Sierra Club se uniu à Ford Motor para promover uma nova versão híbrida do novo veículo utilitário esportivo Mercury Mariner. Infelizmente, a Ford fabricará apenas um punhado dos Mariners híbridos.

Certo, mas não existem barreiras tecnológicas para a criação de uma companhia de carros limpos? Será que as grandes montadoras poderiam se reorganizar dessa forma, tanto física quanto culturalmente? Decerto que sim. Seria um projeto caro, mas existem precedentes. Toda a indústria automotiva norte-americana já se reformulou para enfatizar a qualidade, e agora ela fabrica alguns dos carros mais confiáveis do mundo. Talvez a melhor forma de uma montadora gerenciar essa nova transição fosse criar uma nova marca, de forma similar ao que foi feito certa vez pela GM com relação à Saturn. Porém, neste novo caso, a nova marca incorporaria a companhia que lhe deu origem.

Os negócios tradicionais não são mais uma opção. As mudanças são arriscadas, mas neste caso as conseqüências de não se fazer nada são uma aposta cujo resultado é certo - uma aposta que eu pessoalmente não gostaria de fazer.

Alternativas ecologicamente corretas Os especialistas indicam alguns dos itens mais nocivos à natureza e apontam alternativas para substituí-los por outros mais ecologicamente corretos. Em todos os casos, há outra vantagem: as opções são também mais baratas

DIRIGIR EM ALTA VELOCIDADE
Comentário: chegar mais rápido tem um custo maior para o meio ambiente. Os carros saem de fábrica com uma relação ideal entre o consumo de combustível e a velocidade
Alternativa mais ecologicamente correta: manter velocidade constante na estrada – em torno de 100 quilômetros por hora. Acima disso, o carro lança cerca de 15% mais poluentes por quilômetro rodado
Grau de esforço: baixo
Impacto no meio ambiente: médio

USO DE FRALDAS DESCARTÁVEIS
Comentário: elas levam cerca de 450 anos para se decompor – e são o terceiro item mais comum no lixo
Alternativa mais ecologicamente correta: as fraldas de pano, que são menos práticas, ou aquelas biodegradáveis (ainda não produzidas no Brasil)
Grau de esforço: alto
Impacto no meio ambiente: alto

LÂMPADAS INCANDESCENTES
Comentário: 80% da energia desse tipo de lâmpada é desperdiçada em forma de calor
Alternativa mais ecologicamente correta: as lâmpadas fluorescentes. Elas fazem melhor uso da energia que emitem e também têm vida útil cerca de dez vezes maior – diminuindo a produção de lixo
Grau de esforço: baixo
Impacto no meio ambiente: médio

sábado, 29 de janeiro de 2011

Sistema de Gestão da Água

A Constituição do Estado, promulgada em 1989, instituiu o Sistema Integrado de Gerenciamento dos Recursos Hídricos e a Lei 7663 de 1991 criou os Comitês de Bacia Hidrográficas, atualmente em número de 20.

Um dos principais objetivos do Sistema é a busca do desenvolvimento sustentável, ou seja o crescimento das populações e da economia em todas as regiões, respeitando o meio ambiente e preservando os rios e os recursos naturais.

O Sistema está estruturado no princípio da gestão participativa, descentralizada e integrada, concretizada pelos Comitês de Bacia.

O Valor da Água

O valor da água é incalculável. Atualmente, paga-se apenas pelos serviços de tratamento, distribuição e coleta das águas servidas das residências e empresas.
Ninguém paga pela captação da água bruta dos rios ou do sub-solo. Não há, em consequência disso, maiores preocupações ou participação na preservação de mananciais ou lençóis subterrâneos.

Portanto, é preciso atribuir um valor econômico à água para que se possa combater os fatores que geram desiquilíbrio e escassez.

Desmatamento

roduz erosão do solo e consequentemente o assoreamento dos rios e represas.

Ocupação e Uso Desordenado do Solo

O processo de urbanização, especialmente nas regiões de mananciais e a ocupação das várzeas (áreas naturais de inundação), geram redução de áreas de infiltração da água no solo, produzindo enchentes e o assoreamento dos rios, lagos e represas.

Perdas e Desperdícios

Contrata-se pedas e desperdícios nos usos industrial, agrícola e urbano elevando a demanda de água, tendo como fator preponderante o baixo valor atribuído à água que faz com que boa parte dos consumidores a utilizem com descaso.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Fatores que Geram Desiquilíbrios e Escassez Poluição

O lançamento de esgotos domésticos, efluentes industriais, lixo e entulho diretamente nos corpos d'água, consome o oxigênio da água provocando a morte da fauna, da flora e da própria água.
Além disso, a aplicação indiscriminada de agrotóxicos na agricultura causa a contaminação das águas.

Outros Usos

A água ainda é utilizada para as mais diversas atividades tais como navegação, pesca, lazer, etc.

Geração de Eletricidade

É utilizada para mover as turbinas que produzem energia hidrelétrica.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Indústria

A água faz parte da produção industrial e é usada em grande quantidade na indústria como a de paepel e celulose, siderúrgica, têxtil, química e petroquímica. Outras indústrias tem a água incorporada ao seu produto final como a indústria de bebidas, a farmacêutica, etc.

Agricultura

Um grande volume de água é utilizado na irrigação de lavouras, pecuária e outros.

Abastecimento Público

A água que é retirada dos rios ou do sub-solo, depois de tratada, abastece as residências, hospitais, escolas, indústrias e comércio em geral.

O Uso da Água

A água é essencial em todas as atividades humanas: alimentação, higiene, transporte, lazer, processos industriais, comerciais e agrícolas, que demandam água em qualidade e quantidade diferenciada.

Preservação

A simplicidade da composição química parece disfarçar a importância da água para o desenvolvimento e preservação de todas as formas de vida existente na Terra. Sem a água, que constitui 70% do corpo humano, a vida, tal como a conhecemos, não seria possível. A sociedade tem negligenciado a possibilidade de esgotamento dos recursos hídricos e vem promovendo intervenções no meio ambiente que prejudicam numerosos mananciais.




Nossos rios ainda são usados para o escoamento de esgostos domésticos e industriais, transformando a água, fonte de vida, em agente de doenças e morte.

Fator de equilíbrio nos ecossistemas, a água, aguarda o recolhimento do seu justo valor.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Evento verde tem de ser sustentável?

Há alguns meses fui convidada para uma exposição de lançamento do que seria o tão esperado evento SWU. Não fui. Problemas pessoais e a expectativa de um trânsito infernal na hora do rush me impediram.

Daí, há uns 15 dias, fui convidada por duas pessoas diferentes para ir ao evento - uma delas, eu nem tive a oportunidade de responder ainda... - e por uma terceira pessoa para escrever sobre o tal e propor alguma tarefa aqui no blog. Por motivos de forças menores de um ano eu não poderia ir ao evento, então tive que recusar o convite. E como dificilmente escrevo sobre eventos que não fui, ou não vou, também resolvi desencanar de responder o email sobre fazer a propaganda do evento - na real, depois que eu fiquei sabendo que o evento ia ser patrocinado pela Rede Globo, eu meio que perdi o tesão... - não porque eu não gosto da Rede Globo, mas porque em dois segundos, a coisa pareceu muito muito muito comercial - TODOS os telejornais da Globo falaram sobre alguma coisa do evento e isso cheirou meio mal.

OK. Eu tinha desencanado do evento, não ia escrever sobre ele. E não vou. Muitas pessoas escreveram e os textos que eu recomendo uma espiada estão:

+ No Isabellices, que inclusive está linkando muitos textos sobre o evento;

E para nós, público, é essencial saber nos organizar para não mais aceitarmos algo assim, não comprarmos ingressos, rejeitarmos o modelo premium, desconfiarmos de um "movimento social" proposto por uma holding de publicidade, deixarmos falir um festival mal organizado antes que ele capture 50 mil pessoas que vão seguir suas ordens, aceitar suas condições, repetir um discurso raso do que é sustentabilidade, pagar 100 reais no estacionamento e depois sofrer, acordar e reclamar para ninguém ouvir.

+ No uôleo

"[...] como eu já insinuei, o local estava repleto de lixo empilhado em formas de "obras de arte" e cheio de ideias inovadoras como transformar papel de confeito em vestidos que nunca serão utilizados, apenas aumentando o desperdício da energia usada na fabricação da vestimenta. Isso tudo passa por "sustentável", não é?
Ah, mas tinha uma roda-gigante que claramente não estava sendo movida pelos ciclistas ao lado. Sustentabilidade no ápice de seu significado!"

+ No blog do Denis Russo - Sustentável é pouco

"[...] Milhões de pessoas estão ascendendo socialmente, o que vai lentamente superlotando as áreas vips. Talvez esteja chegando a hora de elas serem abolidas de uma vez. A hora de tratar bem o público inteiro e de permitir que quem chegar antes ao show possa escolher o melhor lugar. A hora de respeitar a audiência pela sua humanidade, e não pela cor do seu crachá. Isso sim seria um festival "sustentável"."

+ No elucidativo texto do Rainha Vermelha

"O evento do SWU deste ano mal acabou e já começa um #mimimi geral, com reclamações de que foi ruim, mal organizado e afins. Essa é a maior das provas de que as pessoas -- principalmente os chamados formadores de opinião -- não estão preparadas para tomar uma atitude sustentável de verdade. Tais queixas são claramente de quem não entendeu o espírito do evento, e provavelmente possuem uma mente pequena demais para acomodar o conceito de uma atitude verde."

Eu ainda não tive a oportunidade de encontrar os textos das duas pessoas que me convidaram para o evento, mas espero que elas também possam dar suas opiniões.

Mas, Rastro de Carbono, se você não vai escrever sobre o evento, vai escrever sobre o quê?!?!?!

Simples: minha reflexão depois de tantas leituras foi a seguinte:

Um evento que se propõem a discutir sustentabilidade PRECISA SER sustentável?

Eu acho que não. Acho, por exemplo, se uma universidade resolve dar um curso sobre sustentabilidade ela não precisa investir uma grana pra mudar a estrutura que já tem, só pra fazer daquele cursos sobre sustentabilidade um evento sustentável. Se eu resolvo, na minha casa, montar um grupo de discussão para conversar sobre sustentabilidade, não preciso reformar minha casa para torná-la 100% sustentável para receber as pessoas. E, um evento gigante, com milhares de pessoas, NÃO precisa ser sustentável para fazer um fórum sobre sustentabilidade. O tchans disso é: já que não vai ser sustentável, ASSUMA de uma vez por todas e PARE de se chamar de sustentável SÓ porque pretende fazer um fórum e botar umas escultura de lixo no meio do caminho - aliás, acho isso ABSOLUTAMENTE INSUSTENTÁVEL. Saca aquelas árvores de Natal de garrafas PET HORRENDAS que aparecem Natal ou outro na cidade? Feias e desnecessárias, fala aí? Afinal, se as garrafas não foram pro lixo antes do Natal, certamente irão depois que o Natal passar e o problema continuou ali. Foi postergado, mas continuou ali, em forma de árvore de Natal.

Voltando... mais do que o monte de lixo produzido, a quantidade de energia gasta pra transportar a galera, as bandas, as tralhas das bandas, a quantidade de energia gasta pra ligar o som, as luzes, os telões, é necessário que se foque numa coisa mais essencial: a grana que alguém tá botando no bolso chamando uma coisa INSUSTENTÁVEL de ecológico, verde, sustentável... E sem precisar! Porque eu APOSTO que, se as X mil pessoas que foram porque o evento era "verde" deixassem de ir porque o evento NÃO ERA VERDE, outras X mil pessoas iriam para ver o show de suas bandas favoritas e fim de conversa.

O que você pensa? Falaí!

A água nossa de cada dia

Hoje estou meio contemplativa e por isso, minha participação no Blog Action Day 2010, cujo tema é ÁGUA, foi se transformando em imagens. Dependendo da fotografia que você escolha contemplar comigo, é difícil entender alguns números e algumas estatísticas. Por exemplo... pra mim, olhando uma fotografia do Planeta Terra (tem uma que eu gosto muito neste post aqui), é absolutamente impossível ter a noção exata do que significa a seguinte matemática: de todo o 3/4 de superfície terrestre menos de 2% é de água doce e, desse tanto de água doce, uma parte mínima está diponível para consumo (porque parte está congelada em geleiras ou no solo, parte está na atmosfera, parte está poluída... vai vendo). Tem um gráfico bem bom sobre essa matemática toda da água bem aqui.

Então, vamos às imagens que eu escolhi pra dividir com vocês e depois, vamos aos números.

enchente.jpg

seca.jpg

+ A Organização das Nações Unidas calcula que, sejam necessários, por dia, 40 a 50 litros de água por pessoa para que sejam realizadas todas as suas necessidades. No Brasil, nosso consumo é de mais de 200 litros de água, por dia, por pessoa. Nos Estados Unidos são mais de 400 litros de água por dia, por pessoa.

+ 12% da água doce do mundo está no Brasil.

+ Por dia, 2 milhões de toneladas de lixo humano são despejados em fontes de água. Fonte: UN Water.

+ 1,2 bilhões de pessoas não tem acesso a água tratada. 2,6 bilhões não tem acesso a rede de esgoto ou qualquer forma de saneamento básico. Human Development Reports.

+ Aproximadamente 38.000 crianças morrem todas as semanas porque consumiram água contaminada e imprópria para consumo. Fonte: Charity: Water.

+ Se contarmos todas as crianças que perdem aulas por estarem doentes com diarreia ou com vermes por terem consumido água contaminada, teremos uma perda de 443 milhões de dias letivos por ano. Sem contar que essas doenças podem causar diminuição do aprendizado e atraso no desenvolvimento cognitivo. Fonte: Water Advocates.

+ Você pode calcular quanta água foi consumida para produzir seu alimento favorito. É só baixar este aplicativo para o seu iPhone.

+ Por falar em iPhone, cada vez que você carrega o seu, calcule um gasto de 500 ml de água. Considere também que existem 80 milhões de iPhones (e subindo) no mundo, que precisam ser recarregados pelo menos uma vez por dia. Fonte: IEEE Spectrum.

Outras fontes de dados:

FAO Water

A cara do consumo ecologicamente correto

Atualmente podemos dirigir nosso carro flex até o aeroporto e fazer uma viagem de avião até a Europa ou até a Indonésia e pagar para uma empresa plantar árvores para compensar o carbono emitido.

É possível comprar ponchos feitos a partir de fibra de soja, jeans de algodão orgânico com botões de coco (na Levi's por US$ 245), abajures feitos com bagaço de cana, batons de cera de abelhas orgânica da floresta tropical do oeste do Zâmbia e porta retratos de papel reciclado. Tudo disponível para nós, os insaciáveis consumidores.

Podemos entrar na onda das sacolas de pano e pagar R$ 20,00 por uma, com a promessa de que parte do dinheiro ajudará no plantio de mais árvores. Podemos, inclusive, ficar horas na fila, na chuva, esperando pela nossa própria sacola ecológica, como fizeram os americanos.

Uma vida cheia de "consumismo verde" está invadindo nossa casa e nossas escolhas na hora de comprar. E várias empresas estão lucrando muito com essas nossas escolhas, dizendo-se (e de fato devem estar) realmente preocupadas com o aquecimento global e com o efeito estufa. Um levantamento recente feito nos EUA traz a seguinte informação: cerca de 35 milhões de norte-americanos compram regularmente produtos comercializados como ecológicos, movimentando cerca de 500 bilhões de dólares.

A "vida verde" pode finalmente ser comprada. Artistas, livros, programas de televisão e reportagens nos mostram esta opção o tempo todo. E assim nasce o "consumismo verde". Um consumismo livre de culpa, já que supostamente podemos reverter o aquecimento global apenas comprando produtos como carros flex, casas carbono-free, viagens neutralizadas, roupas e acessórios tudo ecologicamente correto. Entretanto, o efeito do consumo continua sendo enorme.

Qual a solução? A solução mais sustentável seria reduzir significativamente o consumo. Entre comprar um alimento orgânico e um não orgânico, se os dois forem produzidos localmente, os orgânicos são melhores (e mais caros). Entre re-decorar a sala com produtos ecologicamente corretos e re-decorar com produtos "normais", customizar os móveis antigos parece melhor opção. Entre pegar o ônibus para ir ao trabalho uma vez por semana ou comprar outro carro flex para se livrar do rodízio, a solução mais sustentável é pegar o ônibus.

Certamente é mais sustentável quando optamos pela não-compra, ou pela compra do que é realmente necessário. A solução para o aquecimento global, ou para a diminuição da poluição não está nos produtos ecologicamente corretos. Está na nossa opção por reduzir o consumo.

Consumo e Aquecimento Global

Consumir "corretamente" sob os padrões ecológicos vai muito além de comprar lençóis de fibra de maconha (também conhecida como canhamo) ou cosméticos produzidos com matérias-primas retiradas sustentavelmente da Amazônia. Consumir "corretamente" muitas vezes passa antes por NÃO consumir. "Tenho que trocar de celular de novo", "Tenho que comprar um carro flex", "Tenho que trocar meu monitor por um LCD, que é mais econômico" são frases mais comuns do que deveriam ser.

"O grande objeto de desejo agora são as TVs de plasma. Para onde vão os tubos catódicos das TVs antigas? Cada um deles contêm até 4 kg de óxido de chumbo." Professor Efraim Rodrigues, aqui


O consumo sustentável e ecologicamente correto deve obedecer a três princípios: o respeito aos limites ambientais; a justiça social; e a viabilidade político-econômica. O desbalanço entre qualquer um destes princípios pode causar danos catastróficos ao meio ambiente, a sociedade e a economia de uma nação. É extremamente complicado ter os três princípios balanceados. E é por isso que um comportamento sustentável deve vir seguido de uma transformação cultural, de uma mudança de hábitos.

Se de um lado os consumidores devem se conscientizar de que os produtos consumidos compulsiva e inadequadamente dependem de recursos naturais, energéticos, humanos, entre outros, do outro lado existe a necessidade de desenvolvimento tecnológico e investimentos na eficiência do uso destes recursos. Aos produtores e aos consumidores, deve estar claro que as necessidades de ambas as partes devem ser supridas utilizando-se o mínimo de recursos, iniciando-se por praticar os três Rs: Redução, Reuso e Reciclagem.

"A exploração crescente dos recursos naturais coloca em risco as condições físicas de vida na Terra, na medida em que a economia capitalista exige um nível e tipo de produção e consumo que são ambientalmente insustentáveis." Professor Pedro Jacobi, aqui


A aplicação dos 3R´s diminui o uso de recursos ao mesmo tempo que diminui a poluição e reduz as emissões de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global. Consumo e aquecimento global andam de mãos dadas. Mudanças de hábitos, a nível pessoal, industrial ou governamental devem ocorrer rapidamente, mas todos tem a responsabilidade perante ao problema. Ficar só esperando mudanças nas empresas ou na política é uma maneira de "lavar as mãos" e virar as costas para a crise ambiental.

Leia mais:
A cara do "consumo ecologicamente correto"

Sacolas reutilizáveis do Rastro de Carbono na Campus Party!

Incomodada com o uso de sacolas plásticas em supermercados e comércio em geral, pesquisei e descobri uma cooperativa de mulheres no Campo Limpo que produz sacolas de ráfia a partir de materiais que são normalmente considerados lixo.

As sacolas têm a tarefa socio-economico-ambiental tripla:

1) Reduz o lixo - já que a ráfia vira sacolas

2) Ajuda financeiramente a cooperativa de mulheres de Campo Limpo

3) Estimula o não-uso de sacolas plásticas

Adquira já a sua e leve esta idéia para além do Campus Party!

Qualquer um pode conseguir sua sacola por apenas R$6,00. É só entrar em contato comigo!

O uso inapropriado do Eco

Depois da chegada da nova onda pró-ambiental, devido ao aquecimento global e toda a ciência e política envolvida no caso, fica cada vez mais comum empresas, indústrias, publicidades, e afins, buscarem clientes prometendo, digamos, "eco-coisas".
Os produtos que se dizem ecologicamente corretos invadem as propagandas de TV, a gasolina do seu carro, o guarda-roupa, os lançamentos em eletrodomésticos, as prateleiras dos supermercados e toda uma gama de produtos "verdes" começa a invadir nossa vida.
Vamos ao estudo de caso, que pesquisei durante essa semana:
A empresa "eco-coisas" em questão é dona de empreendimentos imobiliários. Entre as vantagens de se ter um imóvel "eco-coisa" estão a captação de água de chuva, um pomar na área comum, rochas vulcânicas vindas de sei lá de onde pras churrasqueiras individuais em cada apartamento e um tal de elevador ecológico, revestido com madeira de reflorestamento com som ambiente e imagens da natureza.
A crítica começa aqui. Som e imagens da natureza no elevador é um consumo de energia absolutamente desnecessário. Fora a área comum com brinquedoteca, sauna, fitness, sala de estudos e mais um sem número de "vantagens" que todo mundo que mora em apartamento sabe que depois da festinha inicial da novidade ninguém mais usa, só mostram o total descaso com o meio ambiente.
Aliás, as empresas "eco-coisas" em geral, mostram que na verdade, a idéia não é promover uma discussão ou uma conscientização sobre o tema, mas sim vender um produto com uma roupagem "verde" que não existe.
Voltemos ao estudo de caso. O empreendimento "eco-coisa" foi lançado esse final de semana, e, como não podia deixar de ser, botou propagandas espalhadas por todo o bairro onde o dito cujo do empreendimento está. Folhetos com propaganda no semáforo, meninas com bandeirolas na esquina, cartazes e cartazes - aqueles que junto com os panfletos estão proibidos pela lei cidade limpa - e garotas menores de idade trabalhando por um dinheiro mínimo pra saírem correndo com as tais propagandas caso alguma fiscalização apareça.
Benditos produtos "eco-coisas"! O mínimo do bom senso e da coerência seria esperar que os tais futuros moradores do empreendimento "eco-coisa" não estejam buscando um empreendimento "verde". Espero que eles estejam plenamente conscientes de que, de "verde" o produto que eles compram não tem nada. Pelo menos assim, a propaganda não teria servido de nada e seria só mais um empreendimento imobiliário como os vários, todos voltados para o consumo excessivo de toda e qualquer "novidade" que apareça por aí e faça brotar mais dinheiro nos cofres de alguém.
Mando as fotos de um dos cartazes da "eco-coisas" (acima à esquerda) e mais a fachada do apartamento decorado, com holofotes de luz todas as noites apontando o céu de Sampa (à direita).

Produtos ecologicamente corretos e telhados verdes e brancos

Tenho alguns problemas quando o assunto é "produtos ecologicamente corretos".

O primeiro deles é o preço. Sim... por diversos motivos, sejam eles por conta de baixa oferta pra muita procura, da dificuldade de produzir um produto "ecologicamente correto", pela diminuição da produção associada a alguns produtos feitos de maneira sustentável ou por puro modismo, além de uma ou outra razões, o preço dos produtos ecologicamente corretos é sim mais caro - e muitas vezes excessivamente caro, exploratório, eu diria.

O segundo é a troca. Sim... muita gente troca bens por outros bens, mas esses "ecologicamente corretos", se esquecendo que o consumo é o pior dos mundos quando a causa é ambiental. E o pior, às vezes a troca é bem mal feita. Por exemplo, troca-se um sofá produzido ali, bem na cidade vizinha, por um ecologicamente correto do Congo. E isso acontece com os mais diversos produtos - de batons à lençois de algodão orgânico. E não pára por aí.

O terceiro é a moda. De uma hora para outra os "produtos ecologicamente corretos" viraram moda, e até o que não é de fato ecologicamente correto ganhou uma nova roupagem, em "eco" no nome e "vamo que vamo". Nem sempre a produção leva em conta fatores como cuidados com os trabalhadores e cuidados com a economia - além do suposto cuidado ambiental. (Já viram um tal refrigerante eco-coisa porque tem chá verde na composição? Esse é um exemplo.)

Todos os produtos ecologicamente corretos são assim? Claro que não! Mas é preciso saber bem e se informar melhor ainda sobre os produtos antes de pensar se é mesmo necessário adquirí-los.

E nessas, de ser bem crítica ao falar sustentabilidade, recebi um convite muito interessante e um mimo para os leitores do Rastro de Carbono. Tratam-se de quatro convites (para mim e três leitores do blog) para twittar, palpitar, avaliar, aplaudir ou vaiar a palestra One Degree Less, vulgo Um grau a menos que será proferida por Thassanee Wanick, presidente do Conselho Deliberativo da ONG GBC Brasil.

View imageA ONG não emite certificação própria de materiais, equipamentos, e serviços sustentáveis mas atua disseminando a cultura do sistema de certificação LEED. Nessa proposta, Wanick falará sobre os tetos verdes e brancos e como a adoção dessa prática simples pode ajudar na diminuição da temperatura média global. Verdade? Mentira? É isso que nós vamos avaliar.

A palestra acontecerá dia 18 de junho, quinta-feira próxima, às 19 horas, na Casa Cor. A palestra é de graça, mas para chegar à palestra, tem que entrar no evento, cujo ingresso custa R$ 35,00 de terça a sexta-feira, e tem outros preços para os outros dias da semana, além, é claro, de um preço promocional para quem quiser visitar mais de uma vez.

A Casa Cor acontece no Casa Hotel - Auditório
Av. Lineu de Paula Machado, 1075
Jockey Club de São Paulo

Eu, claro, vou aproveitar para tentar dar uma olhada nas últimas novidades em decoração e paisagismo "verdes". Vou, obviamente, prestar bastante atenção nos itens que acho problemáticos em relação aos "produtos ecologicamente corretos". Vou fotografar e dar pitacos tantos quanto meu tempo deixar.